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Giovana, minha filha, viajou em busca de seu sonho. Europa e Polônia fazem parte do itinerário. Daqui, lhe escrevo cartas. De lá, em seu blog, relata a cada dia, tudo o que vem acumulando em lembranças.

Este espaço é aberto a todos que entram aqui para compartilharem este gostoso sentimento da SAUDADE! Que, por alguma razão, têm uma afinidade em lerem "Cartas para quem se ama". De verem em linhas, sentimentos que lhes são tão familiares. E, a mim, será um enorme privilégio poder ler suas impressões e comentários.

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domingo, 5 de fevereiro de 2012

3 de fevereiro

Quadragésimo oitavo dia - 3 de fevereiro

Sexta-feira. Dia de começar mais cedo o dia. Marcamos para as 6 da manhã para estarmos no serviço, para sairmos para o tal local. No total, foram mais de 12 horas seguidas de trabalho... De manhã e no almoço, fomos para o bairro e a tarde tive de acompanhar de novo no ônibus as crianças. Não deu certo! Escrever e ler, dentro de um ônibus em movimento, conferindo nomes, imagine o que deu... Enjôo... Recorri ao boldo numa das escolas, chá, mascar as folhas no trajeto todo do ônibus. Por fim, um comprimido pra passar o mal estar. Não sou nada a favor de me afundar no serviço. Sou bem ciente da necessidade de termos como fonte de realização e prazer noutras coisas. Mas, de certa forma, empenhar-me no trabalho tem me ajudado a fazer bem, alguma coisa que inicio, realizo e concluo, dentro de prazos certos. Nos meus papéis particulares, ainda há pendências a serem organizadas. Poucas, agora, mas ainda me esperam. Às vezes, tenho vontade de não ter nada, nada a organizar, planejar e cuidar. Mas é só um vento bobo que me passa. Sei que a vida assim seria fútil e sem rumo. É apenas cansaço! Não de agora. Acabei de voltar das férias. Cansaço acumulado de uma vida. Um tempo que me reservo de ter o direito de ter pra estar cansada de tantas coisas que levo. Pescoço duro. Papéis e m ais papeis... A falta que bombinhas nos fez. A mim e ao Gabri. Como fez falta! Foi novo e bom estar aqui, conhecer novas pessoas e re-conhecer a própria cidade. Não retiro nada do que escrevi todos estes dias! Não retiraria nada do que ganhei! Mas parece que aquele ventinho daquele lugar, que passa sem parar lá na beirinha daquele mar, quando a gente se senta de cara pras pedras, pra água, carrega tudo e tudo pra longe... Como um banho de alma... Leva embora o que nos é pesado... No revigora. E nos carrega a bateria pra tocarmos mais um ano... Aí, dependo dos papéis em ordem. Pois, quando finalmente estiver com “tudo sob controle” juro, boto uma mochila nas costas, de busão, de carro, seja do que fora, e vou lá passar um final de semana que seja! Seja no frio, no calor, como for! Se você e o Gabri toparem, vamos juntos! Não chego a me arrepender de ter vindo pra cá. Assumido mais gastos. Mas aquela conversa tua comigo, sobre viver com menos, mas com folga pra ir pra onde se que se quer tem vindo à minha mente ultimamente... Finquei raízes caras aqui! Que me prendem e me impossibilitam de sair andeira,como sou, por aí. E tenho medo disto! Raízes dão suporte, sim, eu sei! Mas não quero teias de aranha em torno de mim. Quero estar viva. Respirando o ar que me sustenta. Sol batendo em mim. Vento, vento... e o olhar perdido longe... sem limite, horizonte a frente, desimpedindo caminhos...

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