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Giovana, minha filha, viajou em busca de seu sonho. Europa e Polônia fazem parte do itinerário. Daqui, lhe escrevo cartas. De lá, em seu blog, relata a cada dia, tudo o que vem acumulando em lembranças.

Este espaço é aberto a todos que entram aqui para compartilharem este gostoso sentimento da SAUDADE! Que, por alguma razão, têm uma afinidade em lerem "Cartas para quem se ama". De verem em linhas, sentimentos que lhes são tão familiares. E, a mim, será um enorme privilégio poder ler suas impressões e comentários.

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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Quero muita poeira de estrada com você ao meu lado!

Quinquagésimo dia – 5 de janeiro

Virou a dezena de novo! São mais três semanas???

Refresca a saudade de você. Mas sei que por aí, vai ficando o ar de estar acabando um tempo bom que você não queria que acabasse. Não tem como medir o tamanho do tudo o que aprendeu! Vi vocês, ontem na tela, você e a Lelê! Se houvesse um detector de felicidade, capaz de medir em vocês o quanto inflaram de experiências, a tal bagagem invisível que eu falo tanto, se fosse tal qual o detector de metais do aeroporto, ele apitaria muito, um logo e ruidoso apito! Que bom que Deus manda Anjos para cuidarem da gente. Que bom que ele nos usa também como anjos e aos nossos amigos para cuidarem da gente, também. Somos seres sociais. Precisamos de convívio. Somos seres emotivos. Precisamos de emoção pra nos sentirmos vivos! Senão, vegetamos! Se eu tiver de depender de ser apenas razão, morro! Uso a razão para trabalhar, pra decidir com eficiência muitas coisas em minha vida. Fazer contas, “planejar gastos”. Mas optar por gastos que me mantêm viva, só o coração é capaz de fazê-lo. Se eu não tiver sensibilidade, um pouco de instinto, intuição, não consigo enxergar soluções para os problemas que me deparo no me dia a dia. É ter sangue nas veias correndo, pulso no coração que me mantêm viva. Se for de outra forma, não sou eu! Se eu parar de brigar, de falar, de escrever, de me alterar quando vejo algo injusto, ou que eu não concorde, não sou eu. São defeitos também. Sou “ruim”. Sou briguenta. Orgulhosa. Mas se a medida da intensidade de como demonstro meus sentimentos for amena, branda, creio, é porque perdi a identidade. Vou precisar de socorro para que me achem de volta. Me tragam e me cutuquem a memória. Não acredito que dê pra eu ser diferente. Não é que eu ache que desta forma seja a mais correta. Não é que goste de ser sempre assim. Sou agressiva, com isso. Compro causas. Visto a camisa. Me empolgo e se acredito em algo, meu entusiasmo é capaz de convencer pessoas. Mas se eu estiver sem os olhos brilhando, preciso de ajuda. Preciso tomar vento na cara. Sair correndo à noite, nem que seja só por um pouquinho! Pegar estrada de carro, janelas escancaradas, música de viagem. E se não for possível de carro, que seja de bike, de busão, a pé. Preciso de ar. Preciso me reencontrar. Preciso que quem me ame, tenha paciência comigo, cuide de mim, me aceite como sou, não se incomode tanto em eu ser assim, cheia de chatices e defeitos. Quando você voltar, quero pegar estrada com você. Topa? Nem que seja meio sem rumo, parando em hotelecos despretensiosos, mata, cachoeira, trilha, poeira. Nem que seja só por um pouquinho, nos seus intervalinhos de tantas reuniões. Não deixa eu perder minha identidade, ta?
Eu te amo e quero muita poeira de estrada com você ao meu lado!

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