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Giovana, minha filha, viajou em busca de seu sonho. Europa e Polônia fazem parte do itinerário. Daqui, lhe escrevo cartas. De lá, em seu blog, relata a cada dia, tudo o que vem acumulando em lembranças.

Este espaço é aberto a todos que entram aqui para compartilharem este gostoso sentimento da SAUDADE! Que, por alguma razão, têm uma afinidade em lerem "Cartas para quem se ama". De verem em linhas, sentimentos que lhes são tão familiares. E, a mim, será um enorme privilégio poder ler suas impressões e comentários.

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O que é tempo? Se não a opção que fazemos de nossas vidas?

Quarta feira de Cinzas...

Cinzas de quê? Dos dias anteriores. Neste caso, do tal carnaval. Que já foi festa despretensiosa, digamos, até sem malícia, ou maldade. Mas talvez, na raiz disto tudo, seria exagero classificar assim! Religiosamente, a festa tem origem pagã! Como quase todos os costumes enraizados nas festas religiosas, também. Mas não é minha intenção discutir o bem ou mal, o vínculo de cada um.
Como tive a infelicidade de receber um comentário invasivo, infundado e infeliz em meu mural no face, ao divulgar o post da Gi de seu blog, fico meio esperta. A internet é de livre acesso. A gente divulga e recebe críticas. Entra, se quiser, lê se quiser e critica com a devida educação. É no que acredito! Mas nem todos pensam assim. Críticas e comentários são sempre bem vindos. Desde que para “classificar” nossas palavras ou textos, use de respeito, de conhecimento, ou se busque saber quem é que fala, sua história de vida, antes de nomear com palavrinhas jocosas o que escrevemos! Abobrinha? Sim! Preferível se a contrapartida for comida refinada, sonsa, nada ligada às origens de quem fala. Como escrevi uma vez no texto “Natal com polenta” em meu blog, é na simplicidade que mora a felicidade. Nossos blogs, meus e da Gi, não têm a pretensão de agradar aos outros. Escrevemos porque é algo que gostamos. Escrevemos para expressar sentimentos, nosso pensamentos, nossos sonhos e compartilhar a busca deles e a sua conquista! Escrevemos para que as pessoas que queiram ler e compartilhem de sentimentos parecidos, possam viver juntas da gente, a conquista, para sentirem-se capazes também, de buscarem aos seus! Nossas palavras são palavras simples. Sinceras, de uma espontaneidade desprovida de malícia ou mascaradas para agradar, se isto implicar em abrir mão da originalidade e da verdade. Escrevemos o que vai de fato cá dentro! Desvendamo-nos a nós mesmas, para COMPARTILHAR...

Bem, feito o desabafo de constatar que algumas pessoas entram para lerem para postarem “sinceros” comentários desrespeitosos, sem a mínima noção da vida de quem escreve, apenas para aparecerem no mural alheio, vamos ao dia de hoje!

Estou a cinco dias na casa de uma amiga querida, do coração! Como é bom ter colo de amiga!!! Naqueles momentinhos de querer ir pra casa da mãe que não está mais conosco, ou da irmã pra ficar horas papeando, fugir um pouco do burburinho de todo dia, respirar outros ares, um vento na cara de estrada, falar-falar-falar, ouvir-ouvir-ouvir... Faz bem! E a gente sempre sabe o que faz bem... Quase hora de ir embora (mais a noitinha), pego um pouquinho do tempo pra dedilhar, antes de ir... E registrar o quanto somos privilegiados por termos amigos assim! Destes, tipo a Edna que a gente liga e diz... “Posso ir aí amanhã?” Na maior cara de pau e... vem! Fica na casa como se fosse da casa, papeia, vai com ela pra lá e pra cá, fica sozinha quando ela sai pra um treino que não dou conta e fico – totalmente – à vontade! Bom...

A viagem de minha filha está chegando ao fim! Imagino que ela esteja em contagem regressiva! E embora a saudade deva estar apitando em seu coração, o desejo de colo de mãe, de pai, de irmão, das amigas, a saudade às avessas esteja doendo, doendo...

Sinto que isto seja a nossa sina! Viajamos. Amamos viajar. Mas a cada retorno anunciado, a proximidade do retorno às nossas casas nos deixe um pouco saudosistas, antes da hora, por desejarmos tanto e tanto por o pé na estrada e ficar um pouco mais lá onde estamos! E penso... O que é tempo? Se não a opção que fazemos de nossas vidas? Foram dois meses e meio que poderiam ter sido para ela, iguais a todo ano. Por mais recheados de lembranças boas que optamos a todo ano, em irmos e ficarmos em lugares escolhidos por nós e que apreciamos e curtimos, a ousadia de tentar um novo precisa existir! É desta ousadia que depende a vivência do inusitado. De coisas novas não experimentadas e, talvez, não imaginadas. Definir um sonho, torná-lo meta, planejar as estratégias para realizá-lo e vivê-lo é algo próprio de quem arrisca e não teme ir por um caminho desconhecido. Por acreditar que pelo caminho, caminhando, irá encontrando os motivos de prosseguir. Serão pessoas que nos acolhem, que comungam dos mesmos ideais, de olhos que cruzam a sua frente, desejosos de acreditarem que seus simples sonhos são possíveis também! Jovens pares de olhos que faíscam ao verem e ouvirem suas historias simples que, comprovadamente, fizeram e farão a diferença na vida de outras pessoas! Não são de grandes coisas que necessitamos! São das pequenas! As que nutrem, que não deixam esmorecer, que abrem janelas, mostram caminhos, indicam o horizonte...

Minha filha, em uma semana já estará no Brasil. E não há nada que me faça pensar diferente sobre o quanto foi a decisão certa a ser tomada! Quantas são as coisas que pensamos num determinado momento em nossas vidas, no mais íntimo do nosso coração, no secreto de nosso arrependimento, que deveríamos ter ido por outro caminho, mas que não há mais tempo de corrigir a direção (ou a coragem para fazê-lo não veio ainda...)... Esta certeza que se tem do caminho tomado certo, da coisa certa feita é a certeza do passo certo. Que pode nos levar a uma caminhada certa. Esta que tantos buscam para sua realização pessoal, da felicidade de uma vida vivida plenamente e feliz. É assim que vejo sua vida, querida! Setenta e três dias vividos intensamente que enriqueceram sua vida e que te farão toda a diferença!

Eu te admiro, hoje, muito mais do que antes! Foi guerreira, valente. Acreditou quando muitos não acreditariam e entregariam os pontos. Não se fez de rogada às dificuldades. Traçou os meios. Não teve vergonha alguma de trabalhar e trabalhar e trabalhar. Economizar e economizar e economizar para tornar possível seu sonho! Como você mesma disse, é VIVENDO O QUE SE FALA que se mostra o quanto uma vida é verdadeira. Você é autêntica, transparente, tem convicção no que fala porque vive aquilo que diz! Por isso, suas palavras convencem e são modelo! Com certeza, fará toda a diferença na vida de muitas pessoas que tiveram o privilégio de passarem por você!

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