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Giovana, minha filha, viajou em busca de seu sonho. Europa e Polônia fazem parte do itinerário. Daqui, lhe escrevo cartas. De lá, em seu blog, relata a cada dia, tudo o que vem acumulando em lembranças.

Este espaço é aberto a todos que entram aqui para compartilharem este gostoso sentimento da SAUDADE! Que, por alguma razão, têm uma afinidade em lerem "Cartas para quem se ama". De verem em linhas, sentimentos que lhes são tão familiares. E, a mim, será um enorme privilégio poder ler suas impressões e comentários.

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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nossos Rituais

Vigésimo quarto dia – 10 de janeiro

Tem certas coisas que são nossas, só nossas e se feitas, vão servir pra gente se lembrar dos nossos momentos! Coisa boa ir acumulando os CLICS da gente!
Veja só:
Decidimos fazer algo diferente! Ir pro meio do mato, cachoeira, coisa parecida! Dente várias opções, decidimos ir a um lugar já visitado em Faxinal. O Hotel Fazenda Luar de Agosto. Área de mata, trilhas perrengues, cachoeirinha, cachoeirona de mais de 100 metros, piscina de água de mina, toboágua, arvorismo, tirolesa e um restaurante da hora, de comidinha caseira! Decidimos pelo estômago! Ia ser prático, muito prático irmos sem preocupação de ter de cozinha algo pra um batalhão de gente-adolescente! Mas pra garantir, levaríamos sanduíches pra passar o dia. Como sempre foi nosso costume...

E na véspera, fomos ao mercado buscar o que faltava. Em casa, “operação sanduíche”. Como isto me lembra você!!! Fatias abertas, espalhadas sobre a mesa, uma passando o requeijão, a outra vindo com o queijo, depois o lombinho defumado, ou o que tiver pela frente, tomate (ou não, pro Gabri!), embrulho em série e de volta pros pacotes... É divertido! O Gabri deu umas enroladas, não assumiu o teu posto. Mas o Marco cumpriu o papel de parceiro! Estas cenas são nossos Clics! Eternos! Em qualquer lugar do mundo onde você estiver, com quem você estiver, é impossível que ao fazer isto, não te remeta às nossas tantas e tantas viagens quando nós fazíamos isto juntas! É muito mais pelo tempo passado junto, fazendo os lanches junto do que pelo lanche em si! Entende? Não é o produto que importa. Mas o processo! Assim como no livro do Fábio Namiutti “Melhor que a caminhada, é o caminhar”, assim como quando falamos que não é o destino que importa, mas a viagem. Ou que a chegada, o pórtico apenas desfecha todas as emoções de quantos forem os km de uma corrida em que se percorreu, como um sonho, um desafio a ser vencido e que é vencido! Não importa o sanduíche. Mas ficarmos ali, conversando, papeando fazendo junto é que era o importante!

Lembro de um filme que me marcou muito. Não porque fosse um sucesso de crítica, mas pelo que ele representava em uma família. Algo parecido com “Tudo num dia de domingo!”. Uma família negra tinha o costume de almoçar junto TODO SANTO DOMINGO! Até aí, nada de novo. Mas o detalhe era que as irmãs se reuniam de manhã para PREPARAREM o almoço juntas! Bingooo!!! O filme vai mostrando cenas de tudo o que isto envolve... Eu me lembro que assisti e, em sguida, já fiquei querendo começar a fazer isso com minhas irmãs! Passar o domingo conversando, pondo os papos em dia, com a desculpinha de estarmos preparando uma comidinha juntas. Entende? A comida é só o pretexto... Importa o encontro entre elas jogando conversa fora, com o costume de encontrarem-se semanalmente para isso. Dia marcado. Cria-se aquela expectativa de esperar a semana toda pelo dia para poder contar as coisas às irmãs. Definem-se tempos. Rituais. Intervalos de sim e de não. Quem aprende a esperar por algo, aprende a perceber que quer que isso aconteça. Anseia. Deseja. Espera. Regozija-se quando acontece...

São assim as coisas! Assim como cenas nos fazem lembrar por serem associadas a alguém, alguns costumes nos ensinam a preservar as pessoas ligadas a nós! E cria um dilema: tradição ou rotina? Isto quem define e diferencia é o quanto o coração é capaz de fazer repetidas vezes a mesma coisa com os olhos brilhando e o coração palpitando de vontade de que aconteça! Se for o piloto automático que leva a fazer, apenas um gesto repetitivo, mecânico, sem alma. Mas se a cada vez que se fizer, não importa o número de vezes que se fez houver alegria, prazer, mexer lá dentro dando um ar de novo, é porque a cada vez é nasce de novo e é renovado... E o que nasce sempre, não morre jamais! Percebe?

Por isso cultivamos CLICS! Por isso preservamos costumes! Por isso regamos nossa flor...
Agora mais do que nunca! Mas que nosso recadinhos-bilhetinhos não deixem nunca de existir! Certo???

Te amo!!!

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