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Giovana, minha filha, viajou em busca de seu sonho. Europa e Polônia fazem parte do itinerário. Daqui, lhe escrevo cartas. De lá, em seu blog, relata a cada dia, tudo o que vem acumulando em lembranças.

Este espaço é aberto a todos que entram aqui para compartilharem este gostoso sentimento da SAUDADE! Que, por alguma razão, têm uma afinidade em lerem "Cartas para quem se ama". De verem em linhas, sentimentos que lhes são tão familiares. E, a mim, será um enorme privilégio poder ler suas impressões e comentários.

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Opostos

(A conexão ontem falhou. Publico, hoje, a postagem de ontem.)


Vigésimo quinto dia – 11 de janeiro

Bem, em qualquer lugar do planeta haverá a chuva e o sol, o calor e o frio, o ruído e o silêncio, a inércia e o comichão... Diferentes serão as formas de nomear estes opostos! E, creio eu, a função principal de um existir é de fazer o outro ser percebido!

Hoje, filha, está frio aqui em Londrina... Chuva agora, aquela chuvinha que vem, vai ficando, ficando e não passa. Faz muito tempo que não passávamos o mês de janeiro em Londrina. Há anos que temos passado esta época do ano fora. Sempre em Santa Catarina. Bombinhas, algumas passadas rápidas em Floripa e umas passadas esticadas em Jaraguá do sul. Chuva nas férias irrita muita gente. Estraga o passeio, o humor, faz muita gente antecipar a volta da viagem. Eu sou suspeita pra falar sobre. Estando em viagem, encaro frio, chuva, sol quente, tempo seco, o que for, tudo por uma viagem!!! Até mesmo na praia, acampada, prefiro a chuva por lá do que chuva aqui. Só pelo fato de estar por lá... Isto sempre teve a ver com a falta de fincar os pés no chão. De ter raízes, sim aqui, mas não ter nunca me apossado do meu arredor como lar meu. Sentindo-me sempre, mais de lá do que de cá... Por isso, a experiência de estar aqui e não em Bombinhas, nestas férias, forçosamente, aqui, sem rodinhas debaixo dos pés, voando na água de snorkel, com casa e roupas mínimas, sem celular, sem internet (o note, tudo bem, pois é minha ferramenta de inventar letrinhas), tem sido, no mínimo, surpreendente e nova!

Hoje, acordamos cedo pra uns exames às 7h... Saímos de lá e pelas 8h30’ já estávamos de volta. Congelada nesta rápida saída, pus aquela roupa gostosa que representa o estar relax, à vontade, em casa: moletom largo, meias fofinhas e quentes nos pés e mantinha. Pulei pra baixo da manta, no sofá e nos pusemos a ler a quatro olhos, quatro mãos! Foi interessante! E, resignadamente, tive de admitir que além de ser subjetiva para escrever, pra falar, sou também para ler! Pode? Pode! Leio os parágrafos e, dependendo, releio para fazer os ganchos, capturar os detalhes que deixo passar se leio rápido ou sem atenção! Já sabia que você e o Gabri liam bem mais rápido do que eu. Mas não sabia que era eu quem lia, digamos, mais “degustadamente”, na tradução básica: D.....E......V......A......G.......A......R......! Ora, ora... A Susi devagar!Nada de mais!

Era uma história bastante interessante num livro recebido num tipo diferente de “roda de livros”. Através do blog do meu amigo Ricardo Hoffmann, uma amiga sua ofereceu um livro pra empréstimo e na ordem das postagens, um passa ao outro o livro através do correio! Um incentivo para a leitura real de literatura de qualidade, em papel e letra, em livro já lido e que desta forma não morre nunca, pois será passado a várias pessoas... Bem a questão é: tão aceleradinha, eu, e tão vagarosa para degustar um livro. Meu par de olhos que lia comigo ainda dizia que via que eu voltava os parágrafos e lia a orelha do livro, ou voltava algum capítulo anterior e me perguntou o que eu fazia. Era para reler alguma parte que eu já havia esquecido, ou não havia prestado atenção, justamente para ir fazendo as conexões do que estava lendo lá na frente. Foi uma RE-leitura minha de mim mesma. Interessante me ver em outros ângulos. Algo novo, inédito para mim. A gente faz tanta coisa nesta vida e eu nunca havia feito isso. Mesmo porque, vocês dois, meus dois amores nunca tiveram e não teriam paciência de lerem um livro comigo, pois eu sei que lêem muito mais rápido do que eu. Aí, entra o título do que escrevo hoje: OPOSTOS. Eu aceleradinha em tudo que faço, fazendo algo vagarosamente, o Marco que em tudo é mais calmo que eu, lendo rapidamente e me esperando acabar de ler para passarmos a página.

Não tenho conclusões sobre as coisas. Aliás, talvez o mais certo seja dizer que esteja evitando fazer conclusões precipitadas, pois, disso, sou campeã! E, com isso, erro bastante. Mas há muitos chavões engolidos impensadamente. Sobre “opostos”, uma porção. Então, prefiro não fazer conclusões. Apenas, vou dando um passo de cada vez! Mas, assim como cenas me instigam ou me motivam a escrever, palavras, situações, também! Quando comecei a escrever isso aqui, era por causa deste oposto do tempo. Frio/calor. Sol/chuva. Aqui/Bombinhas. Eu-Brasil-verão/Você-Polônia-inverno. E vejo que um tema me despertou a ver outras coisas ainda não observadas: Eu-acelerada/Eu-vagarosa. Alguém imaginaria isso?

Bem, estou, na verdade, acabando de concluir esta postagem para tentar publicar hoje, uma vez que ontem, dia da carta, a conexão não deixou! Coisas da tecnologia teimosa. Publico hoje a carta de ontem. E já, já escrevo mais a carta de hoje.
Te amo, minha querida! Sei que minhas cartas são longas... Mas é nossa forma de nos falarmos, contarmos o que vai indo... Já, já você estará me contando, pessoalmente, o que está passando por aí. Enquanto isso, eu me deleito em ler tuas postagens no teu Diário de Bordo. Diário de quem foi pra outros mares, outros ares. E você, tendo um tempo, vai lendo o meu Diário de Porto. Porto Seguro para você sempre voltar! Pois você terá muitos vôos ainda para retornar ao Porto Seguro. Pra contar com seus olhinhos brilhantes sobre teus vôos e, quem sabe, invertemos os papéis! Pois quando fui a lugares onde me deslumbrei pela beleza, num êxtase de encanto e de querer voltar, ao ter vocês, o desejo de levá-los foi imediato! Pois aquilo que colhemos de melhor, desejamos repartir. E sei que você já se imagina passeando conosco por ruas, lugares e ares aí...

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